Formalismo ou terceira via para reconciliar o valor da norma escrita e o constitucionalismo? Um exemplo da Corte Constitucional da Hungria

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5294/dika.2022.31.1.2

Palavras-chave:

Reforma constitucional inconstitucional, controle constitucional, formalismo, supremacia constitucional, Lei Fundamental da Hungria

Resumo

No artigo “The Formalist Resistance to Unconstitutional Constitutional Amendments” (“Resistência formalista às reformas constitucionais inconstitucionais”), de Richard Albert, Malkhaz Nakashidze e Tarik Olcay, são identificadas três países e as práticas de suas cortes supremas que, até o momento, vêm rejeitando a doutrina de reformas constitucionais inconstitucionais. Após uma análise detalhada, os autores concluem que, sob diferentes considerações teóricas, as três cortes estudadas optam por não aplicar a teoria da delegação na mudança constitucional e, portanto, eles também consideram que uma emenda não pode ser substancialmente inconstitucional. O objetivo deste estudo é demonstrar que existe um equilíbrio na tendência (que parece ser a predominante em nível global) sobre a adoção da doutrina de reformas constitucionais inconstitucionais, e que esse equilíbrio merece ser conhecido na comunidade acadêmica. Além de apoiar essa conclusão, este artigo analisa detidamente o denominado “formalismo” como base para a rejeição da doutrina de reformas inconstitucionais e acrescenta um novo caso de estudo de cortes resistentes, de maneira que há uma categoria adicional às da Geórgia, da França ou da Turquia. O caso húngaro representa um compromisso com os limites textuais de suas competências sobre o controle das reformas constitucionais, que, ao mesmo tempo, procura reconciliar o valor da regra escrita com a proteção da supremacia da constituição, do constitucionalismo e do Estado de direito.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Alexandar, Lawrence y Emily Sherwin, Demistyfying Legal Reasoning, Cambridge, Cambridge University Press, 2008.

Chronowski, Nóra, Tímea Drinoczi y Judit Zellet, “Túl az alkotmányon...”, en Közjogi Szemle (4) (2010), pp. 1-12.

Corte Constitucional de Hungría, Decisión 293/B/1994 (IV. 11).

Corte Constitucional de Hungría, Decisión 12/2013 (V. 24).

Corte Constitucional de Hungría, Decisión 45/2012 (XII.29).

Corte Constitucional de Hungría, Decisión 13/2013 (V. 24).

Drinóczi, Tímea, Fruzsina Gárdos-Orosz y Zoltán Pozsár-Szentmiklósy, “Formal and informal constitutional amendment in Hungary”, en MTA Law Working Papers 18 (2019). DOI: https://doi.org/10.1017/S2071832200002133

Dyevre, Artur y András Jakab, “Foreword: Understanding constitutional reasoning”, en German Law Journal 14 (8) (2013), pp. 983-1015. DOI: https://doi.org/10.1017/S2071832200002133

Esquirol, Jorge, “The turn to legal interpretation in Latin America”, en American University International Law Review 26 (4) (2011), pp. 1032-1072.

Fröhlich, Johanna, Fruzsina Gárdos-Orosz, Eszter Bodnár y Zoltán Pozsár-Szentmiklósy, “Hungary”, en International Review of Constitutional Reform 2020 (Luis Roberto Barroso - Richard Albert, 2021), pp. 136-139.

Halmai, Gábor, “Unconstitutional constitutional amendments: Constitutional Courts as guardians of the Constitution?”, en Constellations 2 (2012). DOI: https://doi.org/10.1111/j.1467-8675.2012.00688.x

Jakab, András y Pál Sonnevend, “Discontinuity with deficiencies: The new basic law of Hungary”, en European Constitutional Law Review 9 (2013). DOI: https://doi.org/10.1017/S1574019612001058

Jakab, András, “Judicial reasonig in constitutional courts: A european perspective”, en German Law Journal 14 (8) (2013), pp. 1215-1275. DOI: https://doi.org/10.1017/S207183220000225X

Landau, David, “Abusive Constitutionalism”, en U.C. Davis Law Review 47 (1) (2013), pp. 189-260.

Szente, Zoltán, “Az Alkotmánybíróság döntése Magyarország Alaptörvényének Átmeneti Rendelkezései alkotmányosságáról”, en JeMa (2) (2013), pp. 11-21.

Tribunal Constitucional de Chile, ROL 9797-20-CPT (30 de diciembre de 2020).

Tóth, Gábor Attila, Constitution for a Disunited Nation: On Hungary’s Fundametal Law. Budapest, CEU Press, 2012.

Uitz, Renáta, “The return of the hungarian Constitutional Court”, VerfBlog, 15 de enero de 2013, https://verfassungsblog.de/the-return-of-the-hungarian-constitutional-court/

Publicado

2022-06-16

Como Citar

Fröhlich, J. (2022). Formalismo ou terceira via para reconciliar o valor da norma escrita e o constitucionalismo? Um exemplo da Corte Constitucional da Hungria. Díkaion, 31(1), 50–60. https://doi.org/10.5294/dika.2022.31.1.2

Edição

Seção

Respuesta a Piezas Maestras