O natural e o cultural no homem: Rousseau vs. Aristóteles

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5294/dika.2024.33.1.10

Palavras-chave:

Natureza, Rousseau, ecologismo, lei natural, transumanismo, perspectiva de gênero, Aristóteles

Resumo

A sensibilidade ambiental reforçou a clássica antítese rousseauniana entre natureza e cultura, marginalizando o homem até o desprezo. Em contrapartida, a “perspectiva de gênero” e o transumanismo, como o do filósofo israelense Yuval N. Harari com seu Homo Deus, assumem a abordagem existencialista do homem como causa sui, um demiurgo que projeta sua essência com liberdade onipotente. Dessa forma, a natureza é desumanizada e o homem é desnaturalizado, desafiando a ideia clássica da natureza como motor e horizonte de plenitude impresso nos seres; uma tradição em que o homem não é um ser contra, nem mesmo diante da natureza, mas o ser mais natural do universo. Após algumas considerações introdutórias, nossa exposição segue esta ordem: em primeiro lugar, fazemos alguns esclarecimentos conceituais sobre o significado do natural no homem; em segundo lugar, relembramos a visão rousseauniana da natureza humana, que consideramos ainda dominante na cultura ocidental; em terceiro lugar, refletimos sobre a dimensão naturalmente social da existência humana; e, em quarto lugar, apresentamos as razões de Aristóteles que refutam completamente a ideia rousseauniana que contrasta natureza e cultura, e que demonstram que o homem como ser cultural é, ao mesmo tempo, o ser mais natural do universo.

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Publicado

2024-11-26

Como Citar

Poole, D. B. (2024). O natural e o cultural no homem: Rousseau vs. Aristóteles. Díkaion, 33(1), e33110. https://doi.org/10.5294/dika.2024.33.1.10

Edição

Seção

Artigos